terça-feira, 24 de abril de 2012

Mestre Dos Mestres Da Qualidade De Vida


Jesus nasceu numa manjedoura. Pelas dificuldades da vida e pelos estímulos estressantes que atravessou, era de se esperar que desenvolvesse uma personalidade ansiosa, irritada e intolerante. Mas, quando abriu a boca ao mundo, nunca se viu alguém tão dócil e sereno. A paciência e a tolerância teciam a colcha de retalhos da sua inteligência. Certa vez, milhares de pessoas caminhavam seguindo seus passos. A comitiva era enorme e os problemas também, todos tinham algo que gostaria que Ele resolvesse, esperavam mais um gesto miraculoso, mais um eloquente discurso. A certa altura, Ele parou arregalou os olhos como se visse algo fenomenal. Foi em direção ao vazio, os mais próximos piscavam os olhos para ver o que Ele via, mas não viam nada. Ninguém entendeu seu gesto. De repente, Ele falou: “Olhem! Vejam!”. “Ver o que?, as pessoas se perguntavam. Então Ele disse; “Que lírios encantadores!”. Em seguida fez uma comparação que só quem viveu e nunca perdeu a arte da sensibilidade poderia fazer, disse que aquelas pequenas flores eram tão belas que nem o rei  mais esplendoroso de Israel, o rei Salomão, se vestira sequer como uma delas. Os discípulos, chocados, coçaram a cabeça e certamente pensaram: “Eu não entendo o Mestre, há tantos problemas para resolver, tantos compromissos para cumprir e Ele gasta tempo com as flores!”. Jesus estava querendo vaciná-los contra a doença do superficialismo emocional. Muitos queriam milagres, mas Ele demonstrou que o maior milagre estava em descobrir os segredos das coisas simples e quase imperceptíveis. Jesus contemplava tanto os elementos da natureza, como as sementes, as árvores, o tempo, os pássaros que os utilizava com maestria em suas parábolas para promover a arte de pensar. Ele foi o Mestre da Qualidade de Vida porque sempre achou tempo para fazer das pequenas coisas um espetáculo aos seus olhos.
E você?

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