Confesso que nunca gostei de falar, interagir, praticar exercícios e me abrir em grupos de pessoas...ali cada uma delas tem suas historinhas de vida, emoções, registros muito marcados, "lixo" que num acaba mais...sem contar, que, algumas são sem noção nenhuma em suas "aberturas" e lavagens de roupas sujas. Houve um momento dos meus 12 aos 20 anos em que participei de alguns grupos frustrantes e registrei essa fase com muita emoção, momentos em que, muito nova , precisei tomar decisões importantes até para um adulto.
Mas ao me jogar sob essa experiência de fazer grupos em casa, consegui enxergar coisas e fatores que antes não via...consegui ver a ponte entre o inverno até o verão, a tristeza até a beleza, da morte até o perdão, as dores até o remédio, a guerra até o alívio e o descanso, a ponte que leva do medo, da angustia e do apavoro até o Poder da Paz Verdadeira, além de ver outro álibi para que Meu Plano desse certo de verdade!
Como Orientadora desse Programa, minha função era formar os grupos convidando as pessoas, incentivá-los a fazer mudanças e melhorarem em tudo o que puderem, ler o conteúdo da semana, sugerir a prática dos exercícios que estão no final dos capítulos e plantar a sementinha da Qualidade de Vida dentro de cada coração...porém, enquanto tudo isso acontecia, entendi que esse Programa das Doze Semanas deveriam Ser e Estar Sempre dentro de Mim e Eu teria que todos os Dias da minha vida, praticar essas Leis (e mal sabia eu que ainda viriam outras )...pois é aki que tudo se encaixa: meu álibi era Ser Orientadora para poder estar Sempre em todos os grupos formados, palestras ou mesmo individualmente...onde quer que eu formasse um grupo, teria pessoas para eu observar, pesquisar sobre elas, ver suas atitudes, fazer a soma de suas palavras e comportamentos e o mais legal de tudo poder notar e anotar como elas se desenvolviam em relação ao PAIQ. E confesso, essa é a melhor parte! Me "diverti" muito ...ver como a mente é incrível, o Poder extraordinário de fazer o Ser Humano se restabelecer ou literalmente se afundar e...morrer!
Quando eu ainda estava no segundo grupo com dez mulheres, começaram aparecer dúvidas...perguntas...e nossos comentários sempre eram em aprender mais...questionar os porquês..os: o que será que o Dr. Augusto Cury quis dizer com isso ou com aquilo ...dessa forma, pude notar também o quão curiosa Eu Sou em querer saber mais.
Me dediquei então, como os étimos que estudam a Etimologia fazem, a estudar o que quer dizer o que aquilo disse...o que disse aquela palavra que aquela frase que aquela pessoa disse, o que ela então, quis dizer??...bem, é claro que nessa época eu não sabia nem que essas palavras existiam (etimologia,étimos), quanto mais saber seus significados...pois veja:
Etimologia é a parte da gramática
que trata da história ou origem das palavras e da explicação do
significado de palavras através da análise dos elementos que as
constituem. Por outras palavras, é o estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução histórica.
Algumas palavras derivam de outras línguas, possivelmente de uma
forma modificada. Por meio de
antigos textos e comparações com outras línguas, os etimologistas tentam
reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma língua,
quais as suas fontes, e como a suas formas e significados se
modificaram.
Sempre que uma palavra ou uma frase era lida, chamava nossa atenção no grupo, ou mesmo uma atitude questionada devido as palavras ditas ou ouvidas, eu pesquisava depois... uma causa emocional, alguma doença trazida aparentemente por stress... e bem, como a mente funciona em relação a estarmos simplesmente vivos nesse turbilhão de informações relacionadas as palavras...
Pude perceber também os obstáculos que criamos, os medos e dúvidas formidáveis que damos créditos...e mais, vi que Todas as palavras que saiam de minha boca, era uma faca muito afiada, que elas faziam um efeito cruel e maravilhoso...meus ouvidos são os que estão mais perto de mim para me escutar ...ual ( já pensou por um instante que pegadinha "filha da mãe" que é essa???), pois pense viu...ao ler o texto pronto daquele Livro, as palavras soavam como algo do tipo: "olha só heim...você ainda tem muita mudança para fazer"....nos primeiros grupos eu dava ouvido a essas vozes ridículas, mas a partir do momento que fui crescendo, pegando confiança em mim mesma, colocando motivação e disposição em minhas atitudes e de o que saia de minha boca, comecei a respondê-las assim: Ôhh eu sei que tenho muito a mudar, mas estou tão satisfeita onde cheguei que já não me importo mais em errar!!
