quinta-feira, 30 de abril de 2015

Surpresa !!!




Toda terça-feira é dia de Hospital, é dia de Capelania! Gosto de chegar lá mais cedo, ler os recados dos meus colegas, assinar minha presença,  ler o livro de acontecimentos gerais, de olhar as literaturas novas, de me pintar e me arrumar com calma, respirar fundo pra batalha, de ler alguma passagem bíblica e de orar, pedir  graça, sabedoria...tudo feito, me sentei para  então ler o Salmo 39 e orar...nesse ponto, estava de olhos fechados e pedindo a Deus tranquilidade no meu coração para gerar a sensibilidade de perceber onde a Dra. Alegria precisaria ser usada por Ele.Nossa sala fica  no setor do convênio e de fundo ouvi uma choro de criança, depois ela começou a falar alto que queria sair dali e ir pra casa...ouvi também pessoas reclamando desse "barulho" e a certa altura, também começou a me incomodar...ainda orando, falei pra Deus: Preciso parar de orar agora para poder praticar o que vim fazer aqui e peço que o Senhor me abençoe e me use, amém.Como já estava maquiada, de chapéu e macacão não coloquei o jaleco branco, apenas peguei um desenho para colorir e um livrinho de jogos variados com os personagens da Bíblia e fui...indo ainda pelo corredor, vi um homem sentado ao lado de uma mulher que estava com a criança chorona no colo...fui chegando de mansinho, observando toda a situação e deixei a menina me ver, comecei um dialogo com ela...o motivo do seu desespero:queria o papai que estava trabalhando, queria sua caminha...ô meu Deus! Entendi que aquele homem ao lado não era o pai da criança, mas que parecia estar acompanhando as duas.Dei um choque de lucidez nela, falei de como é difícil para uma criança ir no mercado com a mãe, a rotina estressante das compras, a emoção dos pais, o nervosismo geral, mas que tudo isso trazia  alimentos pra casa, o leitinho, a bolacha e o papai era o responsável por ganhar aquele dinheiro que paga as compras, o Hospital é como no mercado, não é gostoso vir pra cá, mas também é necessário... assim fui trabalhando na mente dela,  falei de Jesus, o quanto Ele entendia o choro dela e a dor...então oramos juntas, ela repetiu cada palavra comigo, entreguei as literaturas, me despedi falando que eu precisava terminar de me arrumar para ver outras crianças e adultos que também estavam com medo, com duvidas e eu precisava fazer com eles o que tinha feito com ela e me retirei.Na volta, passando pelo corredor, o homem disse pra mulher me chamar, ele precisava me dizer algo: " -Moça, que lindo seu trabalho, você foi perfeita, conseguiu ganhar a menina, tirou o choro e todas as preocupações que estavam na cabecinha dela, você foi demais e eu quero te confessar uma coisa, eu sou pastor e nunca vi algo parecido com o que aconteceu aqui e olha pra menina, tá dormindo tranquila, nem parece a mesma criança!"...poxa, que legal! Fiquei alegre e ao mesmo preocupada e com muita calma no meu coração eu disse pra  ele que as pessoas estão cansadas de biblia, de folhetos, de muito se falar de Jesus, elas querem ver Jesus em você, na sua vida, nas suas falas e atitudes, as pessoas vão para as igrejas hoje e se alimentam da palavra, se alimentam e engordam, mas aqui fora não alimentam ninguém, essa aqui é a verdadeira Igreja, Igreja somos nós, aonde quer que estivermos! E sabe o que penso mais?As pessoas gritam em cima de púlpitos, falam exageradamente alto no ouvido dos fiéis, mas na hora da prática, na hora de mostrar que serve mesmo a Jesus, se calam! Interessante isso, não é !?? O choro da criança me despertou de longe,  e me perguntei: o que eu sei fazer? Como posso ajudar?? Aquele homem, que aparentemente sabia mais que eu, estava mais perto do que eu me disse assim: " É, Deus usa os pequenos para confundir os grandes" e eu respondi: E os palhaços também!! Rsss... e eu mais uma vez só tenho que agradecer por estar no lugar certo na hora certa!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Trabalho/Filho/Filho/trabalho ??

Não é a primeira vez que recebo esse comentário, seguido dessa pergunta e gostaria de compartilhar com voceis, pois podem ter a mesma duvida: " Estava trabalhando e engravidei, tive meu bebê, está acabando meu prazo para ficar em casa e cuidar dele...devo ficar, ou voltar a trabalhar???

 
Para responder a essa pergunta, devemos analisar  duas  coisas: 1º se o salário do esposo consegue suprir todas as necessidades da família.
2º analisar se o esposo não está se sobrecarregando para fazer isso.
O que devemos levar em conta é a Qualidade de Vida desse casal, pois ambos refletirão na criança.
Se o pai sai de manhã para trabalhar e volta só a noite, ele é quem vai perder o privilégio de certas evoluções, mas pode compensar isso ao chegar em casa, dando seu tempo, atenção e carinho.
Por outro lado, a mulher fica com esse privilegio, mas também com os choros, as reclamações....e não pode transformar isso em "lixo" aos ouvidos do esposo.
Sem contar que não há nada melhor do que você educar seu filho! Ficar com eles é muito bom, te renova, anima....
Mas se ficar com eles em casa vai trazer desequilíbrio financeiro, discussões e jogar no rostinhos deles que eles são "caros", tudo é "caro", ai é melhor deixá-los numa creche ou escola ou até particular e ambos trabalharem fora, se realizarem como profissionais e ao chegar em casa, serem pais e mães de verdade!
Também há pais que conseguem levar os filhos para o trabalho ou o trabalho para casa só para ficarem mais perto deles...
O mais importante, pra mim, é ganhar o bendito dinheiro apenas para cuidar deles, alimentá-los, vesti-los, proporcionar um brinquedo, um sorvete, um passeio, uma educação, mas não deixar que esse dinheiro tome o lugar e nem o tempo que é  dos nossos filhos!!!