terça-feira, 5 de abril de 2016

EAD-do PAIQ- 8º Lei- Exercícios e Práticas- Hadji



A arte de Ouvir e Dialogar:



RESPOSTAS: LIVRO/PAINEL I



 1- QUANDO VOCÊ ESCUTA ALGUÉM PROCURA SE COLOCAR NO LUGAR DELE (A) OU OUVE O QUE QUER OUVIR? 
  R: Bem, sempre que me coloco no lugar do outro facilito a compreensão do que ele (a) está tentando dizer e/ou sentindo. Aprendi que isso chama-se “empatia”. Sempre que pratico a empatia, consigo não afetar meu emocional. Consigo, separar a mensagem recebida das emoções que sinto. As palavras não me afetam, ou afetam de forma mais branda. Mas, infelizmente, nem sempre consigo usar de empatia. Por vezes já chego tão envolvido emocionalmente no diálogo que gasto tempo e energia argumentando, contra argumentando e tentando provar (a mim e ao outro) que tenho razão...Pura perda de tempo, bem sei, pois ninguém de fato jamais ganha uma briga (discussão); uma vez que, mesmo se “provando” ter razão, por vezes, perdemos o amigo...e o que vale mais? Ganhar uma discussão ou manter a paz? Logo, quando pratico a empatia colho bons resultados emocionais e sociais, quando não pratico, colho apenas convulsões emocionais e problemas de relacionamentos com outros

  2- VOCÊ TEM MEDO DE FALAR DE SI? TEM MEDO DE SER CRITICADO, JULGADO, INCOMPREENDIDO? 
  R: Durante muitos anos meu assunto predileto era “eu”. Vivia falando de mim. Do que achava, do que queria, do que gostava, do que não gostava, do que pretendia...por vezes, falava sem pensar ou cogitar o efeito que tais palavras teriam sobre o outro, eu simplesmente falava! Fácil compreender que a coisa não funcionou muito bem depois de algum tempo! Pois, assim como eu, as demais pessoas (em geral) também estão voltadas para seus próprios interesses, sendo o objeto de seu maior interesse: Elas Mesmas! Assim, aos poucos fui ficando mais reservado e sendo mais seletivo quanto ao que dizer, para quem dizer e quando e onde dizer. Ouvindo mais do que falando. Percebi, que muitas vezes erramos tentando acertar. De modo que, quando temos pensamento e emoções nos perturbando de algum modo, tendemos a querer nos livrar daquilo, nem que seja apenas falando a respeito...pondo pra fora...o que tende a “aliviar” a alma...Só que também, pode trazer maiores transtornos e/ou novos! Por outro lado, uma coisa é ser ego centrado e só falar de si, outra é não permitir que o receio de ser mal compreendido ou aceito, nos tire a oportunidade de abrir o canal de comunicação falando das coisas mais intimas de nosso coração e alma. Acredito então, que mais importante do que “Falar de si” é saber quando, como, onde e com quem ”falar de si”. Ou seja, saber quando e como falar por vezes é tão importante quanto saber quando e como calar. Portanto, tenho buscado sabedoria e prudência ao falar e empatia e paciência ao ouvir.



  3- OBS SARA!:  COMECEI A ESCREVER e acabei por DESABAFAR....SE VOCÊ ACHAR DESNECESSÁRIO E CONTRAPRODUTIVO PARA Os Leitores, POSTAR A RESPOSTA ABAIXO, ENTÃO POSTE APENAS A ÚLTIMA FRASE. CASO CONTRÁRIO, SE ACHAR DE ALGUMA FORMA POSITIVO POSTAR A RESPOSTA COMPLETA, FIQUE A VONTADE!

COMO ESTÁ SEU RELACIONAMENTO CONJUGAL? 
R: Talvez estejamos em uma fase do caminho sem volta...na presente fase, moramos em casas separadas, cada um cuida de sua vida, conta, problemas e interesses...no último domingo, me despi de todos os temores, orgulho, mágoas e busquei (uma vez mais) o caminho do diálogo...Fiz as perguntas : 
1) Quando eu a decepcionei? 
2) Que comportamentos meus te aborrece? 
3) O que devo fazer para torná-la mais feliz?
4)Como posso ser um marido melhor?  
Vamos dar uma chance a nós? 
Vamos buscar ver aquilo que gostamos um no outro ao invés de nos cegarmos pelo que nos aborrece?...etc...daí, ela mudou de postura, franziu a testa e passou a falar do quanto eu a magoei, de ela não conseguir me perdoar, de eu ter causado depressão a ela, de eu ter-lhe tirado a vontade de viver e lutar, de eu ter atrapalhado seu progresso pessoal profissional e financeiro, de eu ter trazido prejuízo à sua filha (minha enteada), do quanto eu a magoei, etc., etc., etc...tentei usar de empatia, colocar-me no lugar dela, uma vez mais desculpar-me pelo que fiz de forma pensada, do que fiz de forma impensada, lembrar que tenho defeitos dos quais estou tomando consciência e buscando me corrigir....e que apesar de tudo de ruim também tínhamos tantas coisas boas, nas quais poderíamos nos alicerçar para dar-nos uma nova, mas verdadeira, chance!...e assim foi....mas, minhas palavras ricocheteavam em uma atitude hostil e defensiva...Por fim, da forma mais educada, honesta e sincera que pude, disse-lhe que eu já havia reconhecido meus erros, mudado minhas atitudes e buscado compensar toda a dor e prejuízo que causei direta ou indiretamente a nosso relacionamento, e que estaria disposto a viver o resto da vida compensando tais perdas e investindo em nós...
Perguntei então porque ela me procurava, se não mais queria ter uma vida em comum....Porque então se relacionar comigo? Ela disse ainda gostar de mim, mas estar muito bem e melhor sozinha com a filha adolescente...que as coisas entre nós poderiam ficar bem, se eu simplesmente não  a pressionasse, não a cobrasse...perguntei então como se relacionar afetivamente com alguém sem criar expectativas de uma ligação, de uma mensagem de carinho, de uma palavra...disse que não me sentia bem mendigando algo que deveria ser natural, voluntário e o tempero de qualquer relacionamento afetivo...disse perceber que queríamos coisas diferentes, eu queria “um casal”, uma reconstrução, enquanto ela apenas distração, conveniência...  
concluindo que por mais que eu fizesse, se ela não cuidar de suas emoções, não buscar compreender-me, perdoar-me, reaproximar-se, voltar a acreditar em nós, dar-nos uma nova e real chance, nada que eu viesse a fazer teria qualquer efeito...alertei que talvez ela estivesse, sem perceber, sendo orgulhosa e não percebendo que, embora eu estivesse me esforçando para andar a minha parte do caminho, não poderia caminhar a parte dela...Daí, como ela continua-se intransigente, embora tentando ser racional, compreensiva e também educada, a conversa acabou com eu me retirando e dizendo que não a procuraria mais, ao contrário, daria espaço para que ela vivesse sua vida a sua maneira...
Triste né? E o pior (pior?) é que eu realmente gosto dela!

OBS: Não tivemos nenhum caso de traição, agressão, gritos, cenas de violência doméstica, abuso de menor, mentiras, bebidas, drogas, jogos, boemia, influência de família e/ou parentes no convívio diário, de minha parte durante 12 anos de casamento. Houve sim uma forte crise depressiva, perda de patrimônio, da auto motivação, desemprego, falhas humanas...Eu melhorei, mudei atitudes, modo de agir, compreender, ver a vida e os relacionamentos...ela se deprimiu...ofereci ajuda, quis buscar ajuda para ambos, mas ela não aceitou...Ela, decidiu varrer seus problemas emocionais para baixo do tapete, pôr o maior percentual de culpa possível (POR SUA INFELICIDADE) em mim e recomeçar a vida sozinha, com eventuais “FICADAS” comigo...tentei por 3 meses, ficar bem com ela, na esperança que as coisas mudassem, o tempo cicatrizasse as feridas, um novo olhar e vontade de real aproximação surgisse,  mas, me senti usado...dai, provoquei o diálogo relatado acima para definirmos claramente as coisas.

Como está meu relacionamento conjugal? Não há um relacionamento conjugal...

VOCÊ TEM SIDO UM LIVRO ABERTO PARA QUEM AMA? 
R: Sim, creio até que tenho errado nisso, pois tenho sido (talvez) autentico até demais. Tenho me exposto completa e honestamente. E as vezes, infelizmente, em uma sociedade baseada em subterfúgios e aparências, isso não é muito bom.



ESTÃO SOBRANDO ELOGIOS E FALTANDO CRITICAS? 
R: Creio que não. Busco o que me agrada e desvio o olhar, pensamento e emoção do que me desagrada. Acredito que tudo que alimentamos cresce. Assim, busco coisas que me agradam, e as acho. Já o mesmo não tem ocorrido da outra parte.



VOCÊ TEM FEITO PEQUENOS GESTOS PARA ENCANTAR SEU CÔNJUGE? 
R: Creio que sim...Coisas que tenho feito: Ouvir, ceder, sugerir, ser gentil, cavalheiro, estar à disposição, prioriza-la, mandar mensagens, ligar, flores, bombons, datas comemorativas, leva-la para sair, ajudá-la a pagar algumas contas, dar-lhe atenção, fazer-lhe companhia, perdoa-la, aceita-la e ama-la como ela é....Éhhh, acho que sim.



  COMO ESTÁ SEU RELACIONAMENTO COM SEUS FILHOS? 
   R: Tenho dois filhos e uma enteada. Sobre meus filhos, o mais velho já é maior, o caçula é adolescente. Os dois se dão muito bem e não moram comigo. Nos vemos e saímos juntos (os 3) ao menos uma vez por mês, mas nos falamos sempre por telefone e WhatsApp. Somos bons amigos, nos respeitamos, nos amamos e ajudamos uns aos outros. Minha enteada também é adolescente e embora tenha morado a maior parte de sua vida comigo, nunca fez questão de me chamar ou tratar como pai. Sempre manteve um certo distanciamento de mim e apego a sua mãe. Sua mãe sempre deixou claro que ela não tinha que me obedecer e que apenas ela (a mãe) era sua educadora.  De minha parte, sempre procurei trata-la com respeito, dar-lhe atenção, ajuda-la sempre que tive oportunidade e zelei por uma boa convivência pessoal e familiar, respeitando sua vontade de aproximação ou de distanciamento. Ao contrário do que pensei, ela não demonstrou ter sentido minha saída de casa. Pelo contrário, parece mais aliviada e feliz só com a mãe…ao pensar nisso por vezes me pergunto: Será que eu era (ou sou) tão “mala sem alça” assim e não percebo? Será que sou tão chato que as pessoas sentem alivio quando eu não mais estou presente?



VOCÊ OS CRITICA MUITO? 
R: Bem, muitas vezes me vi incomodado por certas palavras e ou atitudes de minha enteada, e embora raramente disse-se algo a respeito, provavelmente minha expressão denunciava meu descontentamento e isso por muitas vezes deve ter sido recebido como critica. Devido à falta de convivência diária com meus filhos, não perco o pouco tempo que tenho me desgastando com defeitos e críticas. Apenas, quando percebo que algo não está certo, chamo cada um individualmente para conversar a respeito, eles me ouvem, dizem como se sentem, entramos em um acordo e tudo fica bem…Falando sobre isso agora, percebo que provavelmente fui menos tolerante do que devia com minha enteada...



TEM CRUZADO SUA HISTÓRIA COM A DELES? 
R: Meus meninos ficam sabendo o que lhes conto, embora tenhamos sempre um diálogo franco e honesto. Devido a não convivência diária, raramente temos choques de relacionamentos e as coisas que aconteceram e acontecem em minha vida dificilmente são presenciadas por eles, limitando-se a narrativas e exemplos de conduta quando estão comigo. Já no caso de minha enteada, devido ao convívio de 12 anos, por não terem me permitido participar ativamente de sua educação e criação, e também devido a ela participar e presenciar os sintomas e consequências de minha crise depressiva e das dificuldades financeiras pelas quais passamos por, ao menos, dois anos, temo que nossa história tenha se cruzado e registrado experiências emocionais negativas em ambos.



TEM PARADO PARA OUVI-LOS, CONHECER SEUS SONHOS, SEUS TEMORES, SUAS ANGUSTIAS? 
R: Tenho tido algum resultado com meus filhos e muito pouco com minha enteada.



ELES O CONHECEM? 
R: Acredito que há coisas que eles conhecem, e outras que pensam conhecer. Não sei precisar o quanto. E o quanto de real. Aparentemente os meninos gostam do que conhecem, enquanto a enteada parece não gostar muito do que conseguiu conhecer até aqui



CONHECEM SUAS METAS, SUCESSOS, FRACASSOS, LÁGRIMAS? 
R: Como disse, cada qual em seu ambiente e de acordo com a proximidade e leitura que fez de cada momento.



  5. EXISTE ALGUMA DOR EMOCIONAL OU CONFLITOS SOBRE O QUAL VOCÊ GOSTARIA DE FALAR E NÃO TEM CONSEGUIDO? 
  R: Sempre tem. Com meus filhos, com minha enteada, com minha esposa (ou ex-esposa), com outras pessoas com quem tenho pequenas rusgas mal resolvidas...ou mesmo com um psicólogo ou amigo (a) bom (a) ouvinte…sempre há coisas mal resolvidas ou mal compreendidas que deveriam ser colocadas sobre a mesa de forma sincera, honesta e gentil...a dificuldade é conseguir o lugar, o ambiente e o “ânimo” favorável à tais conversas



PAINEL II



1.Preciso estar a tento e melhorar minha capacidade de comunicação em todos os sentidos. Percebo que por vezes, até por falta de prática, as pessoas dos diferentes grupos com os quais me relaciono (filhos, parentes, colegas de trabalho, vizinhos, amigos, colegas, conhecidos...) têm dificuldades de falarem sobre si e seus pensamentos e sentimentos. Percebo, certa dificuldade no diálogo (talvez desconfiança, insegurança, receio, medo?) toda vez que o assunto fica mais íntimo ou filosófico. Por outro lado, sempre que consigo, de alguma forma romper esta barreira psicológica, não só o diálogo se torna mais enriquecedor, como também me sinto mais próximo de meu interlocutor. Também percebo que  algumas escolhas e/ou problemas da vida, por vezes tanto abrem, melhoram, nossa capacidade de dialogar quanto restringem tal capacidade. Tudo depende de momento. Hoje eu diria que o dialogo com meus filhos é 9, com minhas ex-esposas varia de 3 a 6, com minha enteada varia de 1 a 5 (depende do ânimo da gente), com minha mãe e irmã é algo em torno de 7 a 9, com colegas de trabalho algo em torno de 4 a 7, e por aí vai....



  2.CONCLUSÃO: Assim como nas outras leis, também preciso melhorar (e muito) minha capacidade de ouvir, fazer-me entender e dialogar com aqueles que se associam diariamente comigo. Interessante que ao estudar e responder as questões aqui propostas, fui fazendo uma autoanálise e percebendo erros e falhas que normalmente passam despercebidos no dia a dia. Passam como “normais”, quando na verdade são pequenos entraves a uma vida mais livre e feliz. Sou grato por ter conhecido o PAIQ e por esta oportunidade de fazê-lo mesmo que a distância. Tenho tido algumas dificuldades que, por vezes colaboram para o atraso de meus relatórios ou mesmo para a efetiva prática diária das leis e princípios aqui aprendidos. Contudo, continuo perseverando e buscando aprender, praticar, reeditar e melhorar minha qualidade de vida e meus relacionamentos. Obrigado PAIQ. Obrigado Sara!

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